"Navegar ao sabor do vento, a paz, o sonho, a construção enérgica que tento"
Aminhapele nasceu hoje, faz uns anos, e procurou viver assim a sua vida.
Hoje não venho aqui escrever poesia. Nem prosa, sequer poética.
Só deixar uma saudade, citando poetas: ele próprio e a ausência, segundo Drummond, em homenagem aos amigos brasileiros com quem parecemos ter tanta afinidade. Que ela continue aqui a trazer amigos, também, "maiores que o pensamento", como "o vento!
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade