Está em decadência progressiva.
O mesmo se passa,na generalidade das cidades portuguesas,no que respeita ao seu chamado "centro histórico".
Em Coimbra,o comércio tradional da Baixa,da Alta,da Praça da República,etc. está a morrer,lenta e dolorosamente.
Os comerciantes queixam-se dos licenciamentos rápidos das grandes superfícies,da falta de meios para competir com os preços praticados,dos horários de abertura ao público,etc.
É verdade que têm razão.
Mas a questão fundamental,aquela que deverá constituir o seu alvo principal de luta e reivindicação,terá que ser o combate à desertificação do "centro histórico".
A exigência de políticas nacionais e municipais que devolvam os habitantes às zonas "históricas".
O comércio de proximidade está a ser feito pelas grandes superfícies:nos locais em que se passou a concentrar a maioria da população.
Um grande número,não sei se a maioria,dos comerciantes que reclamam também abandonaram essas zonas como local de residência.
Falta de condições de habitabilidade,falta de estacionamento,falta de conforto,etc. vão deixando os "centros históricos" sem habitantes.
A desertificação provoca não só o encerramento do tradicional comércio,como a "instalação" da insegurança.
Assim,penso que o alvo dos comerciantes terá que ser a exigência de políticas de habitação na "zona histórica".
Com residentes,poderão competir com qualquer grande superfície.
Desconheço o autor da fotografia com que ilustro o texto.
Mostra dois prédios da "baixinha" que ruiram há um ano.
1 comentário:
É o drama de todas as cidades.
De novo o interesse de meia dúzia de grandes prevalece sobre o da maioria e é atentório dos reais interesses e objectivos das comunidades
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