Tenho feito algumas postagens sobre este assunto:fuga ao fisco.
Nada tenho contra que se proceda,e de maneira exemplar,contra quem não paga os impostos devidos.
Mas,ao que estamos a assistir,é uma coisa diferente.
Trata-se de sacar dinheiro,de qualquer modo,para aumentar a "receita".
São as penhoras ilegítimas,são as multas de estacionamento,são o ataque ao artesanato e aos produtos tradicionais...
É um "regulamentar" indevido da vida privada das pessoas,mal explicado e,a meu ver,sem o peso moral necessário para fazer tal investida.
É uma espécie de lógica financeira:os bancos aumentam quando e como querem as suas comissões,para que com a falta de dinheiro de um país de pobres tenham lucros obscenos.
As seguradoras não assumem o risco de actividade:aumentam os seguros porque houve demasiados acidentes,demasiados incêndios,demasiadas calamidades,etc.
Os municípios deixam desertificar os centros urbanos,limitam estacionamentos,põem os transportes públicos a funcionar nos horários das repartições,que são os mesmos dos empregos e de creches e infantários.
Por vezes,na mesma família,é obrigatório haver dois carros para suprir essa negligência.
Deixou de existir comércio de proximidade,o que implica pegar no carro para ir às compras a uma grande superfície.
A Polícia Municipal serve para multas de estacionamento (que a autarquia vai acabando) e para reboques.
Nada há,mesmo do que não existe,de que se não pague uma taxa!
Regulamenta-se a vida privada das pessoas:as entidades públicas deveriam ter "organização" suficiente para penalizar quem infringe e não,como estão fazendo,deixar ao cidadão o ónus de provar que não infringiu.
Há comércio paralelo nos casamentos?
Claro que há.Há muitos anos.
Combatam-no!
Não são os noivos que terão de fazer prova!
Quando muito,e fundamentadamente acusados,terão que provar que a acusação é falsa.
Mas,para as instituições,acusar é barato e não faz perder tempo!
Será que alguém viu algum "aumento" na economia com estas medidas?
Só na "economia" de alguns!!!
E quando se poderá falar de uma diminuição de "despesa"?
Sim.
Por exemplo:acabar com a acumulação de pensões de tantos moralistas;acabar com as reformas e prémios de reintegração daqueles que,profissionalmente,só sentam e levantam durante alguns anos;acabar com os ordenados e mordomias obscenas das empresas públicas;punir quem tem contraído obrigações estaduais inaceitáveis;quem anda a promover cursos,em Universidades Públicas,sem quaisquer saídas;quem impede que a sociedade progrida e se desenvolva.
Mas não!
Assim,é mais fácil:
Piercings;
Tatuagens;
Cães Perigosos;
Casamentos.
Tudo assente num princípio verídico:nas duas vezes que foi eleita uma maioria absoluta,foi-o envergonhadamente...
No dia seguinte toda a gente jurava que não tinha nada a ver com isso,não tinha votado "neles".
Foto:calopsitas de Beatriz Fabel Milioli
2 comentários:
Levanto-me para aplaudir.
Não creio que seja no nosso tempo que o Estado passará a ser uma pessoa de bem, logo, com autoridade para moralizar tantos descambos...
Pessimismo?
Basta olhar em redor!
mc
Estamos no mesmo caminho da nossa ex-matriz.
Tudo igual,como as calpsitas de lá e de cá.
Só muda o sotaque...
GD
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