terça-feira, 13 de maio de 2008

A fRÁBULA





O intelectual dragão,o pensador,atirou-se para a sombra do salgueiro,estirou-se regaladamente e enrolava calmamente o seu barba-de-milho...
Mais uma gazeta.
Acendeu aquela coisa e puxou do seu livro de poesia.
De repente,sem que ele desse por isso,tinha estirado a seu lado o pantera(um felino esperto e silencioso,de outras famílias...)um faz-tudo e vai-a-todas.
O pantera,despindo a "pele",tirou-lhe o barba-de-milho e deu-lhe um "puro",trocou-lhe o livro de poesia por um panfleto de electro-domésticos e foi dizendo:
Temos que tomar conta disto.Só nos falta "papel"...
Como por milagre,ouviu-se um ronco de motor e,poucos minutos depois,aí estava o porquinho,também fugido do colégio,despejando garrafas de champanhe de todos os bolsos do seu belíssimo casaco.
Desengravatou-se,aceitou um "puro" do pantera,estirou-se regaladamente e foi saboreando o seu champanhe em taça de prata(exclusiva,tal como o palito).
Lá foram conversando,alheios aos macacos espreitadores,e lá combinaram entre si a repartição do "mundo":o dragão era o cérebro,o pantera o operacional e o porquinho pagava tudo,com juros e benefícios sociais a receber.
Os macacos,escondidos,anotavam tudo.
Um belo dia,já de bolsos cheios,o dragão e o pantera resolveram livrar-se do porquinho.
Tão cheios de si,esqueceram-se de verificar se o tinham morto...
Também ignoraram a existência dos macacos...
Os macacos tomaram conta da cena,depois de ajudarem o porquinho!
Dragão e pantera passam momentos difíceis...
Moral da fRábula:nunca partas o mealheiro,na frente dos macacos!

1 comentário:

Anónimo disse...

Frábula frantástica!
Gramei.
Muito bem visto. Melhor imaginado.
Frantástica, a frábula.
mc