É uma especialidade complicada.
Na equipa,a sua função é impedir golos da equipa adversária.
Pode ser o melhor do mundo,mas não é imbatível.
Se a sua própria equipa o deixar sózinho à mercê da equipa adversária ele,forçosamente,sofrerá golos.
Como todos os jogadores tem dias bons e dias maus...
Mas os dias maus de um guarda-redes são os que,normalmente,são contabilizados na sua carreira.
Ele não verá contabilizados os golos que impediu.
Verá contabilizados os que sofreu e quantos "frangos" deu.
Os outros colegas de equipa têm,normalmente,ocasião para se adaptarem a outras posições.
O guarda-redes,salvo raríssimas excepções,nasce e morre guarda-redes.
No Campeonato de Portugal temos 16 guarda-redes mais conhecidos:os normalmente titulares.Geralmente,todas as equipas têm mais 2 guarda-redes.Quer dizer,há mais 32 especialistas que ninguém conhece...
E o guarda-redes é,quase,como um cirurgião:precisa da prática suficiente para estar apto!Não lhe bastam os treinos ou uma sabatina entre os colegas...
Dos tais 16,quantos são portugueses?
Que é feita daquelas promessas,eventuais guarda-redes da selecção nacional?
Será que não jogando,porque são suplentes das suas equipes,algum dia alcançarão um patamar superior?
Ou passarão vários anos,bem pagos,sem oportunidade de exercerem a sua especialidade,a "emperrarem" e não sairem das tais promessas?
Temos tido,e ainda temos,grandes guarda-redes.
Mas quantas promessas vemos encostada ao tal lugar de suplente?
Tal como ao guarda-redes,ao cirurgião também mais fàcilmente são contabilizados meia dúzia de insucessos do que os milhares de vidas que salvou.
Tal como o cirurgião,o guarda-redes precisa de praticar sèriamente a sua especialidade.
Um exemplo de grande guarda-redes é um profissional que,mercê da grande equipa que integrava,poucas vezes era posto à prova.
Geralmente,tinha que reagir a frio.
Ele estava lá.
Com competência.
Com autoridade.
Grande Vítor Baía!
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