Aqui fica o artigo de Sérgio Ferreira Borges publicado no Diário de Coimbra de ontem. É um tema bem actual. Já se sentem bastante os cheiros da coisa,embora todos os pretendam ignorar.
Desta vez não estou inteiramente de acordo com o SFB. Se é bem verdade que se está a caminhar gradualmente para a proletarização dos profissionais de saude do sector público é também verdade que , sobretudo os médicos e os "empresários" da saude, estão a criar uma nova elite médica. Senão veja-se a quantidade de clínicas privadas e hospitais particulares bem equipadas quer tecnicamente quer em recursos humanos que têm vindo a proliferar, na maioria dos casos com sucesso, em todo o país. O pior que vai acontecer no campo da saude não será tanto a proletarização destes profissionais reduzindo-lhes o estatuto a que estavam habituados, sob a capa da melhor gestão de recursos económicos e humanos, mas sobretudo o fim do serviço nacional de saude de que nos podiamos orgulhar e que vai ter pesados custos para todos. Em traços largos vejo assim o futuro da saúde em Portugal: - Saude de luxo no sector privado com nomes de topo, equipamentos e técnicas de ponta para quem puder financiar a sua saude - No sector público, profissionais descontentes, desmotivados, tristes, impelidos a fazer muito e bem por pouco dinheiro, enfim a verem o seu empenho profissional ignorado pelas instituições e pelos doentes que se esforçam todavia por tratar o melhor possível. Os " barões" da medicina não estão em vias de extinção antes pelo contrário proliferam. Passamos é a ter não um serviço nacional de saude igual para todos com igual acessibilidade mas dois tipos de tratamento : a dos "ricos e a dos pobres". Como eu gostava de estar enganada!
1 comentário:
Desta vez não estou inteiramente de acordo com o SFB.
Se é bem verdade que se está a caminhar gradualmente para a proletarização dos profissionais de saude do sector público é também verdade que , sobretudo os médicos e os "empresários" da saude, estão a criar uma nova elite médica. Senão veja-se a quantidade de clínicas privadas e hospitais particulares bem equipadas quer tecnicamente quer em recursos humanos que têm vindo a proliferar, na maioria dos casos com sucesso, em todo o país.
O pior que vai acontecer no campo da saude não será tanto a proletarização destes profissionais reduzindo-lhes o estatuto a que estavam habituados, sob a capa da melhor gestão de recursos económicos e humanos, mas sobretudo o fim do serviço nacional de saude de que nos podiamos orgulhar e que vai ter pesados custos para todos.
Em traços largos vejo assim o futuro da saúde em Portugal:
- Saude de luxo no sector privado com nomes de topo, equipamentos e técnicas de ponta para quem puder financiar a sua saude
- No sector público, profissionais descontentes, desmotivados, tristes, impelidos a fazer muito e bem por pouco dinheiro, enfim a verem o seu empenho profissional ignorado pelas instituições e pelos doentes que se esforçam todavia por tratar o melhor possível.
Os " barões" da medicina não estão em vias de extinção antes pelo contrário proliferam.
Passamos é a ter não um serviço nacional de saude igual para todos com igual acessibilidade mas dois tipos de tratamento : a dos "ricos e a dos pobres".
Como eu gostava de estar enganada!
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