A dupla argentina bate um bolão!
Que nem um dunga qualquer de quarto infantil, devo pedir desculpas à torcida - portuguesa - pela pior apresentação de uma seleção de respeito em qualquer copa do mundo de futebol. Hoje tinha coisas mais importantes a fazer, como ir a uma feira livre comprar peixe para fazer um ceviche, que é uma punheta peruana - êpa, que pleonasmo! - só que com peixes frescos. Escolhi cherne e salmão. É claro que, como toda comida, inclusive as asiáticas, quando chega no aqui no Cunhadão é logo esculhambada pelos nossos chefes de cozinha ou de coisa nenhuma, como eu, que vou logo fazendo do meu jeito e gosto. Costuma dar certo, amanhã será o dia de comprovar, mas não adianta me pedir receitas porque eu nunca faço igual duas vezes . Não sou maquidônaldi! Até porque nem sempre tenho os mesmos ingredientes e assim, vou experimentando...
Mas voltando ao conto de fadas, esse joguinho apresentado pela "família dunga" merecia ter levado de sete por nossos patrícios. Com tantos cabeças de área e nenhum armador, como pode querer o anão de jardim que um time tenha alguma jogada de ataque? Com tanta falta de talento, como apostar na tal "criatividade do futebol brasileiro"?
Para ficar indignado o mínimo possível, decretei tempo livre para compras nos 45 minutos iniciais. Como a cidade estava assustadoramente parada e policiada, andei umas dez quadras a pé e de vez em quando dava aquela olhadinha de viés para dentro de um botequim só pra ver o placar e o ôxo tava lá, imbatível. Ôxo, gostei da palavra. "Ah, hoje tava tudo meio ôxo". Significa "nada aconteceu".
Voltei para casa no meio do segundo tempo e enquanto via o jogo, lia o Dicionário Analógico da Língua Portuguesa, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, em busca de um sopro de inteligência para essa sexta-feira com cara de sábado. E não é que apareceu de repente, depois de mais um passe do tal de Josué para trás, , quando deparei-me com a palavra insipidez, seguida de sensaboria, enxabimento, desenxabimento, dessabor, ageusia ou ageustia. Estar sem sabor. Sem graça. Sem sal. Quer adjetivos? Insípido, aguado, insosso, dessaboroso... E para terminar, pífio, reles e chué. CHUÉ! Confesso que estava com saudades dessa palavra, também usada por aqui para designar coisa ordinária, sem valor, vagabunda. "Que cara mais chué!" Pronto, descobri assim o que foi o futebol apresentado pela seleção do nosso anão zangado. Pode escolher qualquer um dos vocábulos acima. Uma taça ganha por um time desses vale alguma coisa? Pra mim não. Em qualquer campinho de peladas do Rio de Janeiro - cada vez mais raros - se assiste a futebol muito mais saboroso do que esse. Quarenta e cinco minutos sem uma jogadinha que prestasse é um preço caro demais pra mercadoria tão... Chué!
Mas voltando ao conto de fadas, esse joguinho apresentado pela "família dunga" merecia ter levado de sete por nossos patrícios. Com tantos cabeças de área e nenhum armador, como pode querer o anão de jardim que um time tenha alguma jogada de ataque? Com tanta falta de talento, como apostar na tal "criatividade do futebol brasileiro"?
Para ficar indignado o mínimo possível, decretei tempo livre para compras nos 45 minutos iniciais. Como a cidade estava assustadoramente parada e policiada, andei umas dez quadras a pé e de vez em quando dava aquela olhadinha de viés para dentro de um botequim só pra ver o placar e o ôxo tava lá, imbatível. Ôxo, gostei da palavra. "Ah, hoje tava tudo meio ôxo". Significa "nada aconteceu".
Voltei para casa no meio do segundo tempo e enquanto via o jogo, lia o Dicionário Analógico da Língua Portuguesa, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, em busca de um sopro de inteligência para essa sexta-feira com cara de sábado. E não é que apareceu de repente, depois de mais um passe do tal de Josué para trás, , quando deparei-me com a palavra insipidez, seguida de sensaboria, enxabimento, desenxabimento, dessabor, ageusia ou ageustia. Estar sem sabor. Sem graça. Sem sal. Quer adjetivos? Insípido, aguado, insosso, dessaboroso... E para terminar, pífio, reles e chué. CHUÉ! Confesso que estava com saudades dessa palavra, também usada por aqui para designar coisa ordinária, sem valor, vagabunda. "Que cara mais chué!" Pronto, descobri assim o que foi o futebol apresentado pela seleção do nosso anão zangado. Pode escolher qualquer um dos vocábulos acima. Uma taça ganha por um time desses vale alguma coisa? Pra mim não. Em qualquer campinho de peladas do Rio de Janeiro - cada vez mais raros - se assiste a futebol muito mais saboroso do que esse. Quarenta e cinco minutos sem uma jogadinha que prestasse é um preço caro demais pra mercadoria tão... Chué!
3 comentários:
Que mau humor,Gerson!
Só o Dunga...
Afinal,os objectivos foram cumpridos:
O Brasil ficou em 1º no Grupo e evitou a Espanha nos oitavos.
De Portugal também tenho coisas a dizer,mas só o farei quando a selecção vier embora.
A verdade é que os oitavos não vão ser pera doce:o Chile é mais complicado do que parece,mas está perfeitamente ao alcance do Brasil.
Quanto a nós,as coisas serão muito diferentes:de uma disputa de família e amigos passamos uma disputa de vizinhos,com a desvantagem de sermos o vizinho pequeno...
Mas tenho alguma esperança.
Também fui ao Dicionário ver o que significa 'chué',pois não conhecia a palavra.
O livrinho diz-me que o significado brasileiro é:coisa pouca,banal,etc...
Um abraço.
Nada me irrita mais do que uma seleção brasileira passar noventa minutos dando passes pros lados e pra trás. Sem tentar uma jogada, um drible, um passe difícil em longa profundidade, uma triangulação. Basta reparar: desde 1970 que todas são piores que as anteriores. Com dois fenômenos no meio: os times de 1982 e de 2006, que tinham muitos craques mas perderam por incompetência dos técnicos, Telê e Parreira. O primeiro por concordar com a permanência de um goleiro, um zagueiro e um atacante fracos: Valdir Peres, Luizinho e Serginho formaram a espinha dorsal da derrota de um time talentoso.
Em 2006, Parreira insistiu em escalar um monte de boêmios fora de forma e perdemos por falta de preparo físico, técnico e psicológico. Agora podemos até ganhar, muito mais pelo baixo nível dos adversários do que por nossas qualidades. O time é ruim. Seu melhor jogador é o goleiro, que está jogando no sacrifício.
Escreverei sobre isso mais adiante. Mas mesmo ganhando a Copa, não mudarei de opinião. Merecíamos - e temos - coisa muito melhor para vestir a amarelinha.
Estou de acordo com a tua análise do jogo:foi fraco e fraquinho.
Se Portugal tivesse um mínimo de ambição teria ganho...
Sobre o assunto,falaremos mais tarde.
Com merecimento,ou sem merecimento acredito que o Brasil vai ser campeão.
Ao que temos visto,apenas a Argentina lhe pode fazer sombra.
A verdade é que,até aqui,a Argentina ainda não defrontou uma selecção de nível semelhante...
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