de Tuiavii
O Papalagui adora o metal redondo e o papel forte,gosta de encher a barriga com uma série de líquidos provenientes de frutos mortos,e com carne de porco,boi e outros horríveis animais,mas acima de tudo gosta de uma coisa que se não pode agarrar e que no entanto existe:o tempo.Leva-o muito a sério e conta toda a espécie de tolices acerca dele.Embora não possa haver mais tempo do que o que medeia do nascer ao pôr do sol,isso para o Papalegui nunca é o bastante.
2 comentários:
"Papalagui - assim os samoanos chamam aos brancos, e assim Erich Sheurmann chamou à crítica da civilização ocidental posta na boca do chefe samoano Tuiavii que registou um êxito editorial estrondoso. Seduzindo milhares de leitores, tornou-se um autêntico best-seller e livro de cabeceira de certa cena dita alternativa, sobretudo no seu país de origem. Publicado em 1920, na Alemanha, o livro encontrou os primeiros leitores num país ainda ávido de matar saudades do arquipélago de Samoa, cuja parte ocidental tinha sido uma colónia alemã antes de ficar sob a tutela da Nova Zelândia nesse mesmo ano de 1920, até adquirir a independência de 1962.
O Papalagui não pode ser visto isoladamente. Insere-se numa tradição literária secular e numa mitologia de vigor excepcional : o sonho do paraíso terrestre. Este sonho fixa-se no século XVII nos mares do Sul que começam então a ser explorados sistematicamente. Tudo ali se procura, naquelas regiões longínquas do Pacífico: um clima feliz, uma natureza generosa onde sobrevive o 'bom selvagem' de Rousseau, inocente e nu, libertado das pressões do dia-a-dia e sem necessidade de trabalhar."
Um abraço.
Sempre a aprender com o Jorge.
Obrigado,amigo.
Um abraço.
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