terça-feira, 18 de setembro de 2007

MAIORIAS INÚTEIS


A propósito do resultado eleitoral da Grécia,lembrei-me das maiorias inúteis...

Podia ter-me lembrado das minorias úteis...

A questão,a meu ver,é semelhante.

Os grandes partidos apresentam os seus candidatos,com o objectivo de "engordarem" cada vez mais.

Geralmente esquecem os seus princípios programáticos e para se apresentarem com honestidade proclamam uma série de políticas incompatíveis com o seu próprio programa e chamam pessoas de quadrantes opostos,para darem sinal de abertura e de honestidade!

Vão buscar meia dúzia de inúteis (basta comparar a qualidade de um Grupo Parlamentar de hoje com o de há 15 anos) e apresentam como candidatos pessoas que,no seu Círculo,motivam objecção de consciência.

Alguém estará no lado errado:ou os eleitores que não se reconhecem em quem lhes é apresentado,ou os candidatos que,a aparecerem,o deveriam fazer noutro Partido!

Os pequenos partidos têm outro tipo de problemas:ou mantêm os seus programas e as suas ideias(e nunca deixarão de ser pequenos,por mais que cresçam) ou se posicionam de modo a "casarem" com um grande e "mamarem" da gamela do Poder.

Terão sempre a irresponsável liberdade de gritarem uma série de banalidades,agradando a todos,que sabem nunca lhes ser exigida qualquer responsabilidade:poderão ser meras "percentagens" para constituir a maioria do Poder.

Uma coisa mudou por cá:os pequenos já não são tratados com a arrogância de outros tempos.Nunca se sabe se não lhes terão que pedir por favor para constituirem uma maioria...

Enfim,problemas da Democracia que temos e tentamos exportar!

O "boneco" é antigo e identificado...

É brasileiro,como poderia ser português,grego,espanhol,francês,etc...

Para pensar a Democracia,como muitas outras "coisas",é que se deveria investir em think tank...

Mas não.Investimos no Berardo!

4 comentários:

Anónimo disse...

ABSOLUTAMENTE!

LEVANTO-ME PARA APLAUDIR.
E SUBSCREVER.

(que não lhe doam as teclas!...)

Anónimo disse...

Estes comunêstas do contnente vêm-me com cada prosa!
Havia de ser comêgo! Eu lhes dezêa...

Espaços abertos.. disse...

A democracia tem muito que se lhe diga,por vezes é ma mera cortina que serve de fachada a um conjunto de conveniências e factores.
Bom início de semana
Bjs Zita

Anónimo disse...

De um ponto de vista de esquerda, ou seja de um ponto de vista de quem não vê no capitalismo o fim da história,o que se pode dizer de verdadeiramente útil acerca dos partidos políticos em geral, é muito pouco.

Na verdade,a esquerda é um leque de partidos com militantes, com inscritos, com simpatizantes e com eleitores; manifeta-se também através de açlgumas organizações sociais. É uma constelação de pessoas e de organizações que combatem a direita. Uma direita que é conjunto de poderes e de estruturas no seio das quais, num modesto lugar, se situam os partidos de direita.

Os dois pólos de conflito não são homogéneos no seu todo, evidentemente; mas, principalmente, não são sequer parecidos um com o outro. E assim se atacarmos os partidos em geral estamos a fazer economia dessas diferenças. Ao atacá-los em geral, atacamos o que há de central à esquerda, mas atingimos apenas uma região periférica da direita.