Essa é a imagem do ônibus da torcida do Vasco da Gama após a agressão dos torcedores do Cutíntchans no entorno do estádio onde se realizou o jogo de ontem, semifinal da Copa do Brasil. Dentro de campo não se viu violência, o juiz da partida conseguiu controlar os nervos dos dois times e os momentos que exigiram maior energia foram plenamente assistidos, fazendo com que os jogadores respeitassem o público e o futebol. Mas do lado de fora, mais uma vez a baderna, a pancadaria e a selvageria prevalesceram sobre a civilidade. Aí vem o Ministério Público de sumpaulo querer tornar os jogos naquela capital em espetáculos de torcida única. Nos mais de cinquenta anos em que acompanho jogos de futebol jamais ouvi tamanha besteira. Só pode ter saído da mente insana de um cidadão que despreza as torcidas, a falta de sensibilidade de perceber a beleza que é o espetáculo proporcionado pelos torcedores no apoio ao seu time. E hoje em dia mais bonito ainda, com a música sendo incorporada ao canto de guerra das galeras apaixonadas, mesmo que implicando com os adversários - faz parte do jogo. Mas sempre buscando o caminho da poesia e da arte, que também se prestam para essa luta, por quê não? O que acontece do lado de fora dos estádios é caso de polícia - ou melhor, no caso de São Paulo, da falta que ela faz em momentos como esse. E onde ela estava que não impediu que o encontro das torcidas se transformasse em baderna pública? Talvez lendo os livros de crônicas e poemas eróticos para crianças, manuais de homofobia, guias práticos do consumo de drogas para estudantes do ensino básico, não mesmo, senhor governador? Imagino isso a nível de Brasil...
2 comentários:
Para a final ser na Palestina,não creio que houvesse necessidade disto,nem do que foi morto à pancada,nem dos vários feridos.
Quando a autoridade se "ausenta",a tendência é que o seu lugar seja ocupado pela barbárie.
Não concordo com a análise do triste acontecimento. A polícia paulista está presente com contingente cada vez maior em jogos de futebol, desguarnecendo assim a população em geral.
A idéia de torcida única, segundo consta, vem de experiências na Europa. O próprio comandante do Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe) do RIO DE JANEIRO, segundo http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2009/interna/0,,OI3809308-EI13757,00.html, analisa se tal medida deve ser tomada no Estado (então, não é idéia do "Ministério Público de sumpaulo"). Sugiro que o autor do post cheque alguns dados antes de postar.
Infelizmente entre os torcedores há bandidos, muitas vezes fortemente armados, o que torna prevenção e enfrentamento mais difícil.
Quanto ao final do texto, gostaria que colocasse de forma mais clara as críticas ao Estado, já que não são claras e me parecem distorcidas.
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