Peço desculpa aos outros pesporrentes pela irracionalidade e a pela precipitação desta postagem. Mas é uma opinião que só a mim compromete.
Admiro imenso o trabalho da Fátima Campos Ferreira e, por isso mesmo, me entristeceu tanto o debate de ontem sobre os resultados das eleições europeias neste nosso país à beira-mar plantado, em que até as moscas se abrigam dias a fio dentro de flores à espera que a chuva passe!
O espanto começou logo por ver presentes os Senhores Bagão Félix e Santana Lopes. Mas como? Por alma de quem?
Um esteve à frente das Finanças, ou da Economia, ou lá do que foi e ... foi o que foi, apesar de todos podermos pensar que - coitadinho! - já encontrou tudo tão mal que nada podia fazer para "salvar" o país (resta saber das garras de quem para as garras de quem).
O outro, depois de - alegadamente, diga-se - deixar endividada a Figueira da Foz e Lisboa, deixou o país tão endividado (com a ajuda do anterior iluminadíssimo senhor seu ministro) e tão atrapalhado que até um Presidente da República lhe teve de pedir delicadamente que se retirasse do Governo...
Conheço um Vereador que diz que "Felizmente o povo tem memória curta", mas ainda assim, a Dra. Fátima Campos Ferreira estuda os dossiers e seguramente tem quem lhos prepare muito bem. Não havia mais ninguém que pudesse comentar o assunto? Vamos pensar que foram os Partidos que os indigitaram para os representar,... mas também isto não poderá ser considerado estranho?... Mesmo num mundo pouco informado como o meu, acaso eu estivesse a debater o assunto, não deixaria de aludir ao facto de serem aqueles dois senhores responsáveis por diversas das actuais questões económicas e sociais que actualmente se atam num molhe a que chamam "CRISE".
NOTA: CRISE - molhe de questões que - nunca antes vistas ou faladas - caíram do céu, da Europa, do Mundo, quiçá via Internet, como um virus. Face a esta ameaça inesperada e impossível de prever e parar, dá-se alvíssaras aos Governos que, subsistindo-lhe, encontrem o antídoto e façam fortuna a vender o anti-virus. (este foi um à parte que eu transformaria em cartoon, se tivesse arte para tal... helas, terão que imaginar a coisa)
Mas a Dra. Fátima Campos Ferreira não questionou ninguém sobre o assunto... E o debate começou logo com as (sempre) bombásticas declarações do Dr. Santana Lopes segundo as quais "afinal (para o caso de não termos percebido) o Governo pode continuar a governar à vontade e não tem de passar a ter especial cuidado com as decisões que tomar daqui em diante". "Claro que a Dra. Manuela Ferreira Leite e o Dr. Paulo Rangel afirmaram isso no calor da noite". E da Vitória, eu teria dito, mas creio que ele foi tão polido e atencioso que só referiu "o momento".
Logo o Dr. Santos Silva aplaudiu o bom senso do seu adversário - que afinal até lhe estava a dar razão antes de ter de a exigir, e portanto ficaram amigos logo ali. A conversa continuou num tom tão polido e elevado que devem todos ter ido cear juntos no fim, já não para a "Portugália", porque já só tem novos ricos, ... ou talvez sim...
Pensar que tinham combinado tudo uns com os outros antes é maquiavelismo da minha parte, claro. Nem ouso pensar tal coisa, mas o resultado não deixa de ser triste...
Os senhores da Esquerda (aquela que ainda não é Centrão, mas parece que talvez lá chegue mais depressa do que se pensava) - que as câmaras se divertiram a exibir em momentos de cumplicidade - lá esgrimiram os seus argumentos de forma cordial e com a mesma elevação dos seus adversários.
Em todos - mesmo na entrevistadora - se sentia a mesma falta de entusiasmo de quem está escondido à espera que páre a chuva e a ver de onde passará a soprar o vento...
ENTÃO ?!? ...
4 comentários:
Por este andar,Maria,qualquer dia ainda arranjas um contrato,num canal de televisão,para "opinares"...
Gostei da análise.
Um beijo.
se me deixarem tão bonita com põem a Fátima na televisão... penso duas vezes. Mas a vantagem de opinar aqui é poder não pensar mais de duas vezes antes de escrever...
:-)
PS Ainda assim pediria um costureiro diferente do dela...
Querida Maria:a televisão não precisava de te pôr bonita!
Bonito ou feio, opinar é sempre bom, e quando opinamos o que nos vai na alma e nos assola a cachimónia quando já não podemos ver sempre os mesmos a lixar-nos e sempre os mesmos a renascer para novos tachos, etc e tal. Estamos vivos, valha-nos isso
Pedro Sarmento
Enviar um comentário