sexta-feira, 10 de abril de 2009

SAÚDE GENÉRICA


De acordo com o que leio nos jornais,o Dr. António Arnaut (grande obreiro e "pai" do Serviço Nacional de Saúde) terá declarado que deveria ser o doente,e não o médico ou farmacêutico,a decidir se quer substituir o medicamento de marca por um genárico.
Nem sempre aquilo que lemos num jornal é verdade.
Porque tem havido várias declarações sobre este assunto,referindo as palavras do Dr.António Arnaut,admito que o que li seja verdadeiro.
Defendi,defendo e defenderei o SNS com o espírito que foi criado.
Permito-me discordar da opinião do "pai fundador".
Quando necessito de ir ao médico,confio na sua prescrição.Não me autorizo,a mim próprio,a alterar a medicação que me foi prescrita.
Se o fizesse,a minha relação de confiança no médico alterar-se-ia de forma definitiva.Porque confio,também não autorizaria um farmacêutico a alterá-la.
Sei que muitos doentes não vão ao médico,porque as consultas são caras e os medicamentos caríssimos(o que faz com que grande parte das receitas fique por "aviar") e os conselhos sobre a alimentação a seguir estão fora do alcance das bolsas dos doentes...
Sei,também,dos grandes interesses de farmácias,laboratórios e médicos que estão em jogo.
Sei,também,que o Estado pretende comparticipar o menos possível e receber cada vez mais(sempre dos mesmos,os que pagam).
Mas,mal comparado,é como se um "médico" me dissesse que eu precisava de comprar uns sapatos.De acordo com a minha bolsa,eu optaria por continuar descalço,comprar uns belíssimos sapatos italianos ou ir comprar aos "chineses",para ser comparticipado.
O Estado quer que nós vamos aos "chineses".

1 comentário:

moita carrasco disse...

Muito boa malha. E bem observada a comparação. Assim como a conclusão.

O meu apoiado ao amp.

mc