domingo, 22 de novembro de 2009

O ESTADO,SOMOS NÓS!

Este é um tipo de mentira que,há séculos,anda a ser apregoada.

Não me vou alongar em temas históricos mas,suponho,que qualquer licenciado na universidade de alguidares-de-baixo,num fim de semana ficou a saber da existência de um tal Luís XIV,a quem se chamou de "Rei Sol" e que terá proferido a frase que ficou para a História:O Estado sou eu!(vai em português porque,em francês,só alguns reboutos do intelectualismo a entenderiam).
Leiam a História e ficam a entender...
Abreviando.
Deu-se cabo do "absolutismo"(nada tenho contra) e começou o tempo do Estado somos nós.
Uma burguesia,até aí tratada como de 2ª classe,com os bolsos cheios de dinheiro,começou a adquirir títulos de nobreza da fidalguia falida;umas vezes através de um casamento para o efeito,outras comprando os títulos(terras e brazões) abrindo os cordões à bolsa das moedas de oiro... 
Os burgueses,já com a mão no Estado e com o beneplácito da Igreja(o grande juíz que sempre aceitou a quem lhe pagava),foram formando os seus partidos,democraticamente,nunca esquecendo a sua recente "nobreza" e tratando os criados de uma forma cada vez pior.

Revoltaram-se os criados!
Então,os Silvas e os Sousas,que casualmente viram a menina Mafalda(com os seus delicados sapatinhos) atravessar a rua,começaram a sua guerra interna na disputa do Poder.
É uma espécie de jogo da Santa Casa:
Ora sai Silva,ora sai Sousa!
Os pagantes,há séculos,são os mesmos.
Os que contribuem para o Estado deles e que eles,geração após geração,se encarregam de delapidar!
Sempre ungidos pela Santa Madre!
Com um papelinho da escola da D.Ermelinda,passaram a ser doutores e engenheiros.
Marqueses,viscondes,barões?!
Isso,há muito,está fora de moda.
Para eles,basta manter a linhagem do Poder.
Como sempre,o Zé Pagante cá está para os sustentar.
E,hoje,são aos bandos(quer dizer aos milhares) o que é difícil de sustentar.
Ainda não temos um século de República!
Mas chega de República monárquica!
É tempo de largar a fase de adaptação,correr com os falsos lordes e tornar verdadeiro o velho princípio de que
O ESTADO SOMOS NÓS!

 

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