domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sócrates e o legado de Salazar

Aqui fica o artigo de Sérgio Ferreira Borges,publicado no Diário de Coimbra de hoje.
Parece-me que andam a fritar o engenheiro em lume brando...

2 comentários:

Isabel Amado disse...

Inteiramente de acordo com SFB. Como se todo o mal de Sócrates fosse este estranho caso da licenciatura. Se tivesse sido inteligente nem em tal coisa teria falado que também ninguém lhe perguntaria por tal.Neste país, sobretudo fora de Lisboa, a valorização social do título de Dr. é impressionante. São preconceitos que nos foram incutidos e que se "colaram" de tal forma debaixo da pele que não vai ser fácil de os retirar de lá. Veja-se a "guerra" dos enfermeiros, " regentes agrícolas" e outras categorias profissionais que passaram a ser doutores para na pratica executarem exactamente as mesmas funções e manterem os mesmos vencimentos. E podemos olhar, sobretudo para os países nórdicos, para ver a forma como os politicos encaram e gerem a sua carreira e a ausência de mordomias que têm e exercendo a sua função com maior seriedade . São doutores? Não sei! Faz alguma diferença? Nenhuma.

mc disse...

O diabo é que, por mais que me esforce, não consigo lembrar-me de nenhum ministro de Salazar que não fosse licenciado... Mas tenho a impressão (uma ideia vaga) de que houve uma ou outra excepção. E a ser assim, Ferro talvez não tenha sido penalizado pela falta do canudo: terá sido secretário da propaganda... porque sim, porque estava talhado para isso, o papel assentava-lhe que nem luva. Foi um óptimo funcionário da propaganda nacional. Salazar não podia querer mais nada dele. E não lhe ficou a dever pouco.