sexta-feira, 24 de novembro de 2006

CERTIFICADOS DE AFORRO
Esta medida do Fisco lembrou-me uma história antiga,de quase 40 anos,quando entrei para o Banco.
Existia um financiamento,de carácter social,em que o Banco disponibilizava 6 meses de ordenado,sem juros,a pagar em 2 anos,para que o seu empregado fizesse frente a despesas com o seu agregado familiar:mudança de casa,compra de fogão ou frigorífico,mobílias novas,doenças inesperadas,etc.
Uma série de colegas meus aproveitou essa facilidade para constituir um Depósito a Prazo,no próprio Banco.
Estamos a falar de uma época em um belíssimo andar,em Benfica,custava 80 contos;em que o máximo dos máximos,um BMW 2002 ti,também andava pelos 80 contos.
Claro que,face aos abusos,o Banco acabou com essa medida para todos,começando por congelar os tais Depósitos a Prazo.
Conclusão:foram apanhados os chicuespertos,mas pagaram todos.Os grandes devedores,nem tiveram nada a ver com isto.
Com os Certificados de Aforro,a história é semelhante:cerca de 1.500 devedores do Fisco,investiram em Certificados de Aforro.
Tudo indica,perante tal investimento,que nada tenham a ver com grandes devedores.
Mas a central de informação funciona e o povinho bate palmas.
Enquanto isso,os grandes devedores continuam a dever e o Estado mantem o seu nível de despesa.
Até parece que está tudo bem.
Desta vez,quando os vampiros desceram na calçada,já não terão sangue fresco nem manada para sugar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Afinal... Tudo na mesma: o Estado, de vez em quando, quer assumir uma atitude pedagógica, e então "caça" uns tantos carapaus (fingindo tratar-se de tubarões).
Mas os tubarões sabem bem que não é nada com eles - porque sabem,antecipadamente que os governantes deveriam ter (para isso) uma coisa que caracteriza os homens... Mas que não têm, de facto.
E viva a folia!

moitacarrasco

Anónimo disse...

Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada...

Um abraço
Jorge G