domingo, 3 de maio de 2009

E quando Cavaco derrubou o bloco central...!


Sérgio Ferreira Borges continua a premiar-nos com a sua opinião dominical (esta,no Diário de Coimbra,de hoje).
Creio que o "centrão" político,terminou de vez(esse,das coligações...).O que estará longe de terminar,em minha opinião,é o "centrão" dos interesses...
Se virmos bem,politicamente,Cavaco é um herói da democracia:acabou,de vez,com o bloco central!
Quanto à nota final:VM,ao que dizem,não levou um par de estalos.Limitou-se a aguentar umas caneladas e uns empurrões.
Penso que ele sabia ao que ia...
Se eu passar uns tempos a dizer mal de ti e a combater o que defendes e,se no teu aniversário fizeres uma festa aberta,seria uma grande hipocrisia da minha parte,aparecer para te dar os parabens.Mesmo que tu próprio reagisses com frieza,os teus amigos não deixariam de me aplicar um merecido correctivo,pela provocação que seria o meu aparecimento em tal cenário.

4 comentários:

Anónimo disse...

Francamente, este comentário, nos termos em que é feito, era algo eu não teria esperado que fizesses.

1. O VM não "disse mal de...", tomou posições diferentes das de.... Muitas delas não merecem a minha concordância, como facilmente se deduz das posições públicas que tenho tomado. Mas daí a achar legítimo que alguém o possa insultar por causa delas vai um passo que nos leva para fora da convivência democrática.

2. O VM não foi à manif. por sua alta recriação. Foi integrado na delegação oficial do PS que para tal foi convidado.Em todos os congresso do PS os convidados ( entre os quais a CGTP) nunca foram apupados. pelo contrário, sempre foram aplaudidos.

3. Os resultados da lógica política que levou aos acontecimentos em causa estão, aliás, hoje bem ilustrados por duas cidades distintas que chegaram ao que são por caminhos diferentes: Pequim e Moscovo.

4. E, já agora, as "sectarices" do 1º de Maio, só dificultaram ainda mais a vida a quem quer dentro do PS evitar um Bloco Central; e só deram alento aos que o venham a defender.

5. Basta, aliás, ler o que disse Saramago,a propósito do incidente, para se ver que também ele não estaria de acordo contigo se tivesse lido o teu texto.

Um abraço
RN

aminhapele disse...

Caro RN:
Admito que me farás a justiça de imaginar que não sou adepto da violência,nem do insulto.
Esclarecendo o "dizer mal":VM tomou as posições que entendeu favoráveis à legislação laboral.
No 1º de Maio da CGTP,a legislação laboral era um dos principais alvos da crítica dos manifestantes;
VM tem tomado as posições que entendeu favoráveis ao governo de Sócrates.
No 1º de Maio da CGTP,Sócrates e o governo eram outro alvo dos manifestantes.
Uma delegação do PS,segundo as práticas correntes,é integrada por dirigentes do PS e não,por imprudência" por um independente...
Ao que consta,nem Vítor Ramalho nem Ana Gomes foram molestados.Limitaram-se a receber os apupos do costume.
Acho que foi uma imprudência integrar VM na delegação.
Imagino o que diriam do PSD se,na delegação convidada para a Festa do Avante,aparecesse Zita Seabra.
Quanto a Saramago,ele lá saberá como funciona o sistema das "expulsões".
Agora,que fique claro:limitei-me a dizer o que penso.VM sabia ao que ia e sabia o risco que ia correr.Se não foi à manif por sua alta recriação,mas por imposição do PS...
O efeito foi concretizado:não se fala do descontentamento em relação ao Governo e fala-se de insultos e agressões.
Quem,objectivamente,ganha com isso?!
Estamos a "especular" sobre o que aconteceu em Lisboa.Não de Moscovo ou Pequim...
Um abraço.

Anónimo disse...

Meu caro:

Já depois de ter feito o comentário que fiz, li o teu outro post "Insultos e agressões". Posso dizer que te respondo aqui invocando o que dizes nesse teu texto, com o qual concordo sem reservas.

Em resposta ao que dizes no teu comentário, insisto: era uma delegação convidada aquela em que ia integrado VM. Como tal teria que ter sido tratada.
E, em nenhum outro caso, nunca a entidade que convida interfere minimamente na composição das delegações convidadas.cada entidade decide como deve fazer-se representar. Essa é uma prática inequívoca que a CGTP, aliás, conhece muito bem.

Quando falo de Moscovo e de Pequim, apenas pretendo dizer que estamos perante dois falhanços clamorosos do tipo de lógica, de atitudes e de posições a que o PCP continua amarrado, como se o modelo soviético não tivesse implodido e como se o alegado comunismo chinês não se tivesse transformado num inqualificável capitalismo de estado ultra-explorador da classe operária chinesa.

Aliás, em democracia, o problema do respeito pela pluralidade de opiniões, não se materializa principalmente no respeito pelos concordam connosco, mas no respeito pelos que discordam de nós.

Um abraço.

RN

aminhapele disse...

Amigos,como sempre,ficaremos.
No meio disto,por comentar ficou o essencial:o texto do Sérgio...
Um abraço.