segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

LAMPREIA



Está no tempo dela.

Não sou cozinheiro mas,de vez em quando,vou ao Caderninho da D.Dores,que já tem sido muito útil para fazer belas petiscadas.

Pode ser que isto sirva para alguém...

Modo de amanhar a lampreia

Mergulha-se a lampreia viva em água quente (mas não a ferver) e com uma faca raspa-se ao de leve todo o corpo da lampreia para a limpar de limos,mas sem lhe tirar a pele nem a gordura.Em seguida,coloca-se numa vasilha funda para a sangrar,dando-lhe para isso,na parte de baixo,a partir da cabeça um golpe longitudinal com 10 centímetros de comprimento aproximadamente.Aproveita-se todo o sangue que sai do golpe e deita-se-lhe vinho branco para não coalhar.Tira-se a tripa,sem a rebentar,dando golpes transversais na barriga,desde a cabeça até ao umbigo,ata-se um fio nesta ponta (para não sujar),e puxa-se devagar,de golpe em golpe a partir da cauda.Estes golpes são dados com o intervalo com que queremos cortar os toros quando os quisermos separados.Tira-se em seguida a espicha que a lampreia tem na cabeça,aprofundando o primeiro golpe com todo o cuidado para que saia inteira,pois,se fica qualquer bocadinho,dá mau gosto ao cozinhado.

Escalda-se então a cabeça da lampreia e raspa-se-lhe a boca por dentro com a ponta de uma faca para lhe tirar os dentes.

O vinho usado na lampreia não deve ser doce.

E pronto,amigos.

Experimentem e sejam felizes.

Até hoje,tirando as arranjadas pela minha mãe,só as da D.Alice é que me satisfazem.

Mas isso é outra história.

2 comentários:

Anónimo disse...

Fez-me crescer água na boca.

Fez-me lembrar, também, aquelas almoçaradas a que o FL nos levava, por esta altura, para a saborear. As mais das vezes, no Carreira.

É verdade, sim, que tenho saudades.

Tozé Franco disse...

Para mim as da minha mãe são tão boas como as da D. Alice. Isto resulta da sorte de ser filho da D. Alice.
Um abraço.