quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Um Prato Poético

Ainda que a vida nos obrigue
Às vezes, doses de remédio amargo
Não há nada que bem não fique
Na companhia de um belo pargo
Mesmo que a lavagem dos pratos
Depois de tudo fique a seu cargo
Relaxe, que tal tirar os sapatos
Após comer um suculento pargo?
Mesmo que alguém não nos deixe
Saborea-lo outra vez na vida
Em total estúpido embargo
Pra morte levarei o peixe
Que comerei durante a subida
Com muito azeite, cebola e aspargos!

4 comentários:

Gerson Deslandes disse...

Publiquei aqui o original, inspirado nas fotos da postagem anterior, porque não resisti à tentação de fazer algumas modificações no que publiquei no blog Poetagem. Como foi um poema escrito em cima da perna, como bom charuto cubano (mas não nas coxas...), quase uma cônica ou apenas um comentário ao seu evento gastronômico,(o que deveria ter sido) depois fiquei querendo mexer, como boa mariscada carioca, que não podemos parar de mexer pra não endurecer os tesouros do mar. Mas já tinha sido motivo de elogiosos comentarios por parte do Rui e então fiquei no bico da sinuca. Deixo então as duas versões, pois como todo bom prato marítimo, nenhum é igual ao outro!

aminhapele disse...

Obrigado,Gerson.
Todos gostaríamos era que Soninha e tu tivessem estado à nossa mesa.
Fica para outra ocasião.
Quanto ao samba,vou referir-me a ele.
Um grande abraço.

Beth/Lilás disse...

Juntar poesia e comida é uma covardia!
Principalmente porque não estava aí para comer este belísismo pargo.
Já vi que este poeta também sabe cozinhar.

Anónimo disse...

AMP, deve ser um chato tremendo esse cara seu parente, ou amigo...
Um sujeito bisonho e meio tristão!
Tá na cara!

Um abração pra ambos e um beijo para a comadre ("velhotinha" o tanas!)

mc