domingo, 25 de janeiro de 2009

EMIGRANTES




Sempre fomos um país de emigrantes.
Com o euro ficámos com o rei na barriga e toca a esquecer o passado...
Conheci,em condições privilegiadas,os emigrantes dos anos 50/60.
Digo isto porque nunca fui emigrante.Limitei-me a visitar amigos de infância que,acompanhando os pais,estavam em França.
Tinha a sorte de ter um passaporte,estar legalizado no País,ter uma "Vespa" para conduzir e,muitas vezes,proporcionar aos meus amigos,ao fim de semana,dia e meio diferente.
Hoje,pelas posições que tomamos e leis que aprovamos,esquecemos todo um passado,espalhado pelo mundo,em que fomos acolhidos e integrados pelos países de acolhimento.
Lembremos o Brasil,a Argentina,a Venezuela,a França,a Bélgica,o Luxemburgo,a Holanda,a Alemanha,a Suiça e,mais recentemente,a Espanha.
Não esqueçamos os EUA onde,ainda hoje,existe uma fortíssima comunidade portuguesa.
Em paga,tratamos mal quem pretende vir aqui fazer a mesma coisa que nós fizémos??!!
Quem pretende alcançar uma vida melhor para si,e para os seus??!!
Ou alguém deixa o seu país sem ser por essa razão,ou outras ainda mais fortes??!!
Quem emigra para um país de pobres se não for por uma questão de sobrevivência??!!
São todos ladrões,traficantes,etc.?
Haja tento e saber reconhecer o que devemos aos outros.
Alguma vez se ouviu falar de um guetto de portugas no Canadá?!
Claro que não.
Em países civilizados não há guettos.
Problemas de polícia?
É para isso que a Polícia serve,desde que a deixem trabalhar...
Haja senso na Lei da Imigração.

6 comentários:

Beth/Lilás disse...

Seu comentário deixou-me deveras emocionada, pois sinto que o mundo, depois desta globalização, deveria abrir mais o coração a todos os seres humanos, e não somente aos bens materiais.

Acabo de assitir ao filme Blindness com meu filho, em casa, e acho que Saramago faz qualquer coisa de metafórico também neste sentido.
Somos todos irmãos neste mundo que é somente de Deus.
grande abraço carioca

Gerson Deslandes disse...

Muito bom e oportuno seu texto, caro Rui. Apesar de não esperar muita coisa dos governos de países europeus, que cada vez mais tratam a América "de baixo" como quintal colonial, sinto que a segregação não é sentimento comum na população. Quem sabe nossas postagens ajudem em alguma coisa, os que vão e os que vem...

Tozé Franco disse...

Lá diz o ditado: "Não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu". Temos uma tendência terrível para nos esquecermos.
O contacto com alguns amigos emigrados, um dos quis clandestino no país que o recebeu, fez-me perceber os seus problemas e aprender a respeitá-los ainda mais.
Um abraço.

José Carlos de Sá Junior disse...

Aqui no Brasil, são os migrantes que sofrem discriminação. Os nordestinos em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro.
Um abraço do tamanho da Amazônia.
Rondônia, Brasil

Codinome Beija-Flor disse...

Uma realidade triste.
A música linda.
Mas eu ainda tenho esperanças de um mundo melhor.
Bjs

Anónimo disse...

Tá certo!
Assim mesmo: sem roncar grosso nem gaguejar...

mc