domingo, 18 de março de 2007

BAIXA DE COIMBRA


Como todas as cidades antigas,Coimbra tem "pontos críticos".

A Baixa é um deles,entre muitos.

Desde prédios a caír,a um comércio que não faz negócio,à desertificação que acontece quando encerra o pouco que lá existe.

Acho que há muitos anos e muitos mandatos,a política municipal está errada.

A população é instada a fugir destes lugares,porque deixa de ter o essencial para os manter vivos:transportes,mercearias,cafés,recolha de lixo,correios,pavimento das ruas,esgoto de águas pluviais,limpeza de telhados e chaminés,etc.

Temos uma hiper construção nos subúrbios,grande parte sem comprador e a vida cada vez mais dificultada,para quem tenta continuar a habitar o centro.

Aliás,esta vida difícil e com péssimas condições é considerada um luxo,um sinal exterior de riqueza(?!) e os vários autarcas têm-nos vindo a abandonar à nossa sorte.

Segurança?Polícias?

Habitabilidade?

Reconstrução de património?

Estacionamento para moradores?

Há cerca de nove meses,após umas chuvadas,a Praça 8 de Maio,apresentava o aspecto da fotografia acima.

Espero que mais nenhum Presidente de Câmara tenha esta visão da sua varanda e que mais nenhum munícipe seja obrigado a conviver com isto.

3 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

É esta a triste realidade de muitos dos nossos municípios. Onde não há lugar à construção de novos cogumelos gigantes, não há intervenção pública.
deixam morrer o que não é de imediato rentável economicamente. afundam-se as terras e mergulha o país numa cada vez maior crise de valores.
Triste e deplorável!

Um abraço.
jorge G

Anónimo disse...

Fiquei a matutar nas reflexões d'amp e do Jorge G...

Quando é que a perspectiva economicista deixa de ser a dominante?
Quando será que o negócio deixa de ser a mola real de qualquer acção dos que dizem servir o povo?
(Servir-se... - perdão - servir quem?)
mc

aminhapele disse...

Caro mc:
Só falo por mim.
Para "forçar" o abandono das perspectivas economicistas e do "negócio puro e duro" ainda cá estamos.
Temos que continuar a "abaná-los"!
Antes que chegue a lei da selva.
Queria ver a Baixa recuperada e habitada,com vida.
Nem que para isso o "camartelo" tenha que funcionar nos "cogumelos" também vazios,que andam a ser "plantados" por tudo o que é sítio!
Recuperar a Baixa(de Coimbra e de outras velhas cidades)também é capaz de ser um bom negócio.