Para terminar este ciclo de poesia,deixo-vos hoje com
MANUEL DA FONSECA
ANTES QUE SEJA TARDE
Amigo
tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
como as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda,amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha
abre os braços e luta!
Amigo,
Antes da morte vir
nasce de vez para a vida.
3 comentários:
liberta-te dessa paz podre ...
fundamental
para podermos sorrir de novo
Um abraço
Tem toda a razão,Greentea.
Precisamos de sorrir,com gosto.
Ainda andamos na tal paz podre,que herdámos do outro.
Tivemos uma pequena brecha,no tempo,em que rimos e sorrimos abertamente.
Agora,quando sai sorriso,é quase sempre amarelo...
Tenho estranhado: fui o primeiro a postar comentário, mas o mânfio pirou-se. Nikles.
Que é que eu tinha dito?
Que o Manuel da Fonseca é um dos meus eleitos.
E mais dizia, então, que nessa data eu tinha postado algo que não era nada pior... (Almada, dito por M Viegas)
mc
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