Este é o título de uma Antologia organizada por Maria Tereza Horta e José Carlos Ary dos Santos e editada pela SEARA NOVA em 1971.
Vou-vos deixar com o poeta REINALDO FERREIRA
A QUE MORREU ÁS PORTAS DE MADRID
A que morreu às portas de Madrid,
com uma praga na boca
e a espingarda na mão,
teve a sorte que quis,
teve o fim que escolheu.
Nunca,passiva e aterrada,ela rezou.
E antes de flor,foi,como tantas,pomo.
Ninguém a virgindade lhe roubou
depois de um saque - antes a deu
a quem lha desejou,
na lama dum reduto,
sem náusea,mas sem cio,
sob a manta comum,
a pretexto do frio.
Não quis na retaguarda aligeirar
entre champanhe,aos generais senis,
as horas de lazer.
Não quis,activa e boa,tricotar
agasalhos pueris,no socego dum lar.
Não sonhou minorar,
num heroísmo branco,
de bicho de hospital,
a aflição dos aflitos.
Ar livre!Que ninguém canta
Ar livre!que ninguém canta
Com a corda na garganta,
Tolhido da inspiração!
Ar livre,como se tem
Fora do ventre da mãe,
Desligado do cordão!
Ar livre,sem restrições!
Ou há pilmões,
Ou não há!
Fechem as outras riquezas
Mas tenham fartas as mesas
Do ar que a vida nos dá!
Ttranscrito com todas as gralhas
6 comentários:
Soberbo!
Que maravilha!
Levanto-me para aplaudir.
Bravo! Bravíssimo!
mc
Mas qu'é isso, ó meu?
Qual é a graça?
Já chegámos à êlha?
Ó vaidemim, ó ft, ó murcão, ó da guarda!
Acudam!
Os gajos do contenente endoidaram...
Falem, carago!
Protestem.
São os comunistas!
ajj
Presente, javardo!
São muitos, jarreta?
Afoga-os aí ao largo!
vl
É obra da p**** da Carol.
Tá visto.
Só pode ser!
Acudam!
Ó formigueira!
Estás mudo ou quê?
Protesta!
jnpc
Q'ando o meu irmão era vivo... Se uma coisa destas sucedia?
No Marco não põem eles os chispes!
A malta arregaça as mangas e vai disto, ó malta.
Vamos calá-los.
ft
Do Fialho não posso falar...
ando à procura de inspiração.
um abraço,
rui
Enviar um comentário